O ex-ministro Sergio Moro disse a aliados que não desistiu da candidatura à Presidência da República, mas, sim, que busca construir o projeto em um partido com estrutura, como o União Brasil. O ex-integrante do governo Bolsonaro afirma que quer ajustar o diálogo com outros partidos para ser o nome mais competitivo da terceira via.
Ontem (31), ele anunciou que migrou do Podemos para o União Brasil. Parte do União Brasil, que veio do antigo DEM, diz que a condição para Moro se filiar ao partido era desistir da pré-candidatura à Presidência da República e disputar um cargo no Legislativo, diz a jornalista Andreia Sadi no G1.
Caso contrário, ele poderia ser vetado a ingressar no União Brasil. Também na quinta, Moro anunciou que desistiu “neste momento” da candidatura. O que foi visto como um gesto para acalmar esse setor do novo partido.
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Moro quer ser presidente
No entanto, nos bastidores, ele repete que nunca disse que seria candidato a deputado federal e que está em busca de caminhos alternativos para a construção de uma candidatura presidencial competitiva.
Para isso, precisa de estrutura, dinheiro de partido e tempo de TV. Nada disso havia no Podemos e, sim, no União Brasil. No entanto, ele vai precisar convencer os dirigentes de seu novo partido de que o melhor caminho para o União Brasil é a sua candidatura ao Planalto.
Uma pesquisa da Genial/Quaest, divulgada em fevereiro, indica que a maioria dos eleitores que apoiariam o ex-juiz votarão nulo ou passarão a apoiar a reeleição do presidente Jair Bolsonaro (PL), após o paranaense desistir da disputa presidencial. O ex-presidente Lula, maior adversário dele, surpreendentemente herdaria um percentual significativo.
“Qual seria a sua segunda opção de voto?”, questionou o instituto aos apoiadores do ex-ministro da Justiça, que não saía dos 7% na maioria dos levantamentos. 30% responderam que poderiam votar nulo, em branco ou que simplesmente não iriam votar. 22% dos moristas migrariam para Bolsonaro e 15% escolheriam Lula.