O primeiro-ministro da Hungria, Viktor Orbán, venceu as eleições na Hungria realizadas neste domingo (3), segundo resultados parciais que mostram uma relativa maioria do atual líder em relação à oposição.
A apuração dos votos mostra que o Fidesz, o parlamento nacionalista-conservador, já se mostrava com forte liderança à frente da coalização formada pelos partidos opositores. O principal concorrente de Orbán, o conservador Peter Marki-Zay, reconheceu a derrota.
A votação se encerrou às 19h no horário local, 16h em Brasília, e o partido de Orbán controlava 135 assentos no Parlamento, enquanto a oposição alcançou 57, com aproximadamente 80% dos votos apurados.
Esse será o quarto mandato consecutivo do atual primeiro-ministro, que já governou o país em outro momento, entre 1998 e 2002.
Leia mais:
1 – Hungria vai às urnas e Orbán enfrenta oposição unida pela primeira vez
2 – VÍDEO – Bolsonaro chama Orbán de “irmão” e diz que “guerra não interessa a ninguém”
3 – Conheça Viktor Orbán, o Bolsonaro da Hungria
Oposição se uniu contra Viktor Orbán
A oposição ao primeiro-ministro foi liderada por Peter Marki-Zay, um conservador e prefeito da cidade de Hódmezővásárhely, com 50 mil habitantes, localizada no sul do país.
Ele conseguiu reunir o apoio de seis partidos dos mais diferentes espectros políticos, desde representantes da direita a ecologistas. O slogan político escolhido foi “qualquer um menos Orbán” e as legendas concordaram em deixar de lado diferenças ideológicas para apoiar um único candidato.
Em entrevista à agência Associated Press, o analista político Andras Biro Nagy disse que “Esta é uma sociedade altamente polarizada, na qual parece que Viktor Orbán pode passar as mensagens que quiser. Pelo menos para seus próprios eleitores.”