Nesta sexta-feira (8), às 10h, será realizada a primeira reunião formal entre o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o ex-governador de SP Geraldo Alckmin (PSB). O encontro deve servir para oficializar Alckmin como vice-presidente na chapa do petista nas eleições de outubro.
Lula e Alckmin já se reuniram anteriormente no contexto da disputa presidencial deste ano. Eles apareceram juntos pela primeira vez no final de 2021, em jantar organizado por um grupo de advogados em São Paulo. Os dois foram adversários no segundo turno da eleição de 2006, vencida pelo petista.
A filiação do ex-tucano ao PSB aconteceu em 23 de março. Em seu primeiro discurso como membro do novo partido, o ex-governado defendeu o apoio da legenda à candidatura de Lula. Alckmin disse que ele é, hoje, “aquele que melhor reflete o sentimento de esperança do povo brasileiro”.
O presidente do PSB, Carlos Siqueira, e a presidente do PT, Gleisi Hoffmann, também estarão presentes no evento, que será realizado em um hotel na Zona Sul de São Paulo.
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“Alckmin nunca tomou tanto café na vida”, diz um dos coordenadores do “casamento” ao DCM
Um dos articuladores da união, o advogado Marco Aurélio de Carvalho, coordenador do Grupo Prerrogativas, afirmou ao DCM que o ex-governador está “super disposto e disponível”. De acordo com ele, Alckmin tem feito um número enorme de encontros. “Acho que ele nunca tomou tanto café na vida”, declara Carvalho.
O advogado acrescenta que ele “está cumprindo bem o seu papel” e que vem “se esforçando para conversar com parlamentares e lideranças de esquerda”.
“Mesmo aqueles que têm resistência em relação a ele são obrigados a reconhecer que é um cara íntegro, ético e leal”, diz Marco Aurélio.
“Eu mudei, ele mudou e o Brasil mudou”, diz Lula sobre aliança com Alckmin
Em entrevista à Rede T, do Paraná, na terça-feira (5), o ex-presidente falou sobre a chapa que está prestes a formar com Alckmin. Ele deve ser anunciado hoje como o vice do petista nas eleições presidenciais.
Criticado por alguns setores da esquerda sobre sua escolha pelo pessebista, Lula falou na entrevista sobre a aliança. “Eu mudei, o Alckmin mudou e o Brasil mudou. Eu fui adversário dele, não inimigo”, destacou o pré-candidato ao Palácio do Planalto.
“Feliz era o Brasil que tinha disputa entre dois partidos democráticos, porque existia debate civilizado, sobre programa de governo”, acrescentou, exaltando a rivalidade entre PT e PSDB.