PDT entrou com representação juntamente com a Procuradoria Geral da República contra o sigilo de informações a respeito das reuniões de Bolsonaro (PL) com pastores envolvido nas acusações de corrupção no Ministério da Educação.
“Especificamente para que se formule requerimento nos autos do Inquérito 4.896/DF, sob a relatoria da Ministra Cármen Lúcia, em ordem a determinar que o Planalto evite a decretação de sigilo nas visitas realizadas pelos pastores lobistas que estão sendo alvo de investigação, ao Presidente Jair Messias Bolsonaro, enquanto perdurarem as diligências investigativas deferidas pela relatora do Inq. 4.896/DF”. Consta pedido
Os pastorees acusados estão sob investigação pela Polícia Federal por suspeita de intermediar liberação de recursos da Educação para prefeituras. Arilton foi acusado de pedir propina em Bíblias, e de atuar em parceria com o pastor Gilmar Santos.
Governo impõe sigilo das reuniões com pastores do MEC
Foto: Reprodução
Bolsonaro pede sigilo de qualquer dado das reuniões feitas com os pastores acusados de propina no Ministério da Educação. Após pedido de acesso aos dados dos encontros, o Gabinete de Segurança Institucional afirmou que a informação solicitada “poderia colocar em risco a vida do presidente da República e de seus familiares”.
“Por fim, em atenção à legislação vigente, o GSI ratifica o seu posicionamento de não difundir dados pessoais – de qualquer visitante , registrados em sua plataforma exclusiva e restrita à segurança para o controle de acesso”, segundo nota do GSI.
Além disso, o governo também negou pedido no qual foi solicitado o acesso a todos os emails, cartas e outros tipos de documentos enviados pela Presidência aos pastores ou recebidos destes entre janeiro de 2019 a 24 de março de 2022
Os pastores Gilmar e Arilton se reuniram com Bolsonaro cerca de três vezes no Palácio do Planalto e uma no Ministério da Educação, com a presença de Milton Ribeiro. Esses encontros constam da agenda oficial do presidente. Apesar dessa informação ter sido divulgada pelo próprio Planalto, o GSI se recusa a informar as visitas dos religiosos registradas nas portarias da sede do Poder Executivo.