Paulinho da Força confessou que está chateado com o PT e o Solidariedade pode romper com o ex-presidente Lula. No entanto, neste sábado (16), em entrevista ao UOL, o ex-deputado federal deixou claro que não tem qualquer chance de apoiar o presidente Jair Bolsonaro (PL).
A confusão começou na última quinta (14) durante um evento que reuniu diversas lideranças, incluindo Geraldo Alckmin. Um grupo de filiados petistas vaiou Paulinho, gerando incomodo. O Solidariedade suspendeu a cerimônia do dia 3 de maio, que oficializaria o apoio da legenda ao PT.
Para piorar a situação, um áudio de Ciro Nogueira conversando com Paulinho vazou. A conversa mostrava o ministro da Casa Civil pedindo para o presidente do Solidariedade fazer parte do grupo bolsonarista.
Só que o ex-deputado avisou que isso não tem a menor chance de acontecer. “Não há nenhuma possibilidade de o Solidariedade apoiar o Bolsonaro e o Ciro Nogueira sabe disso”, garantiu.
Ele ainda explicou que tem relação de amizade com Ciro Nogueira e que o áudio era apenas uma brincadeira. “É companheiro meu há muito tempo, independente de partido, independente de cargo que ele ocupe ou eu ocupe”, explicou o parlamentar. “Ele fez uma brincadeira comigo, eu fiz com ele, o áudio acabou vazando, e ficou até engraçado porque era uma conversa de amigos. Quando vaza fica parecendo algo além daquilo”, completou.
Paulinho da Força vai dialogar com o PT
Paulinho garantiu que vai conversar com o Partido dos Trabalhadores para alinhar alguns pontos. “Resolvi suspender para avaliar, porque nós não queremos ser o patinho feio da aliança. O Solidariedade quer fazer parte de uma aliança ampla para tirar o governo Bolsonaro com aqueles que estão descontentes e não apenas com parte da esquerda”, comentou.
“É dar uma balançada na carroça para arrumar a carga”, concluiu.