Documentos sobre viagem de Bolsonaro à Rússia são colocados em sigilo de 5 anos

Atualizado em 19 de abril de 2022 às 23:02
Foto de Jair Bolsonaro em um aperto de mãos com o presidente da Rússia, Vladimir Putin.
Jair Bolsonaro (PL) se encontrou com o presidente da Rússia em fevereiro deste ano. Foto: Alan Santos/PR/Divulgação

O Itamaraty colocou sob sigilo os detalhes da viagem do presidente Jair Bolsonaro (PL) à Rússia, que aconteceu uma semana antes do início da guerra na Ucrânia. Os dados só poderão ser acessados depois do dia 21 de fevereiro de 2027, embora o PSOL tenha enviado um questionário encaminhado ao órgão pedindo informações sobre o tema.

Foram enviadas cerca de 15 perguntas sobre a visita de Bolsonaro e o seu encontro com o presidente russo Vladimir Putin. Uma das respostas, enviada no dia 12 de abril, confirma que os dois líderes conversaram sobre a situação na Ucrânia, sem fornecer outras informações.

Diárias da comitiva de Bolsonaro custaram cerca de R$ 450 mil

Em relação aos valores das diárias fornecidos pelo órgão, os custos giraram em torno de US$ 96 mil (cerca de R$ 453 mil), além do aluguel de veículos, US$ 125.328 (R$ 588 mil). As despesas com intérpretes foram de US$ 9.645 (R$ 45 mil), escritório e material de apoio foram US$ 12.595 (R$ 58 mil), além de US$ 890 (R$ 4.150) terem sido usados com cerimonial. Apesar da hospedagem ter ficado a cargo do governo russo, o gasto total da viagem foi de mais de R$ 1 milhão.

O PSOL também questionou sobre o vereador do Rio de Janeiro, Carlos Bolsonaro, que acompanhou o pai. Em resposta, o Itamaraty disse que “a designação da comitiva é da competência da Presidência da República” e ressaltou que o Ministério das Relações Exteriores não custeou suas despesas.

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