Fábio Faria desmente TSE e diz que WhatsApp não mudou planos por eleição

Atualizado em 27 de abril de 2022 às 13:52
Bolsonaro irá se reunir com representantes do Whatsapp
Presidente Jair Bolsonaro usando celular
Foto: Reprodução

Tentando manter a estratégia de 2018 nas eleições de 2022, nesta quarta-feira (27), o presidente Jair Bolsonaro (PL) se reuniu com representantes da Meta, empresa que dona do WhatsApp em reunião. O encontro teve como objetivo discutir o acordo do aplicativo com o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) de só permitir a criação de grupos com milhares de pessoas após as eleições em outubro deste ano. A medida tem como foco combater as fake news durante as campanhas eleitorais. O mnistro das Comunicações, Fábio Faria, concedeu coletiva de imprensa após o encontro e desmentiu que tenha havido acordo entre o aplicativo e o Tribunal.

O chefe do Executivo e pré-candidato pelo PL afirmou ser “inaceitável” a decisão da rede social em parceria com o TSE e disse que tal ação não deveria ser cumprida.

“Já conversei com o (ministro das Comunicações) Fábio Faria. Ele vai conversar com representante do WhatsApp aqui no Brasil para explicar. Se ele (WhatsApp) pode fazer um acordo com o TSE, pode fazer comigo também, por que não?” disse Bolsonaro, em entrevista à CNN Brasil.

O compromisso do WhatsApp com o TSE foi feito no mês de janeiro de 2022, em uma reunião entre o então presidente do TSE, ministro Luís Roberto e o chefe internacional do WhatsApp, Will Cathcart, para discutir as ações que serão implementadas pelo aplicativo para combater conteúdos falsos e apoiar o processo eleitoral no Brasil neste ano.

Segundo Faria, o Meta não teria atendido o pedido do TSE.

Em coletiva de imprensa após o encontro, Fábio Faria garantiu que não houve acordo nenhum e desmentiu o TSE. “Tivemos reunião agora com o presidente da República e representantes do Whatsapp e da Meta [controladora do WhatsApp] para esclarecimentos do que foi amplamente veiculado na imprensa, nas redes sociais”, explicou.

“E o Whatsapp deixou claro, a Meta também, que em nenhum momento atendeu pedido do TSE para que fosse feitas essas mudanças em relação as comunidades apenas após as eleições. Isso não houve. Eles tomaram uma decisão global, olhando concorrentes, mercado mundial”, concluiu o ministro.

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