O ex-juiz Sergio Moro (União Brasil), que foi declarado parcial no julgamento contra o ex-presidente Lula (PT) pelo Comitê da ONU nos processos envolvendo a Lava-Jato, rebateu uma ação judicial movida por parlamentares do PT contra ele pela destruição da economia brasileira causada pela operação.
Após a resposta, porém, o ex-ministro de Jair Bolsonaro (PL) tomou uma invertida do fundador do Grupo Prerrogativas, Marco Aurélio de Carvalho, que disse que Moro precisa responder por esse “rastro luminoso de miséria e destruição que ele deixou no país”.
Em vídeo publicado nas redes sociais, o ex-juiz contesta a ação movida contra ele e diz que “Tem horas que você não sabe se o PT é um partido político ou um grupo de comediantes”. Ele defende a operação e afirma que ela “impediu que a Petrobras quebrasse e permitiu que ela recuperasse mais de R$ 6 bilhões de reais”.
Moro, no entanto, não imaginava que os prejuízos causados pela perseguição da Lava Jato a políticos e empresas nacionais fosse maior do que o que foi “recuperado”. Segundo o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), R$ 172,2 bilhões deixaram de ser investidos no país entre 2014 e 2017 por causa da operação, que acabou com 4,4 milhões de empregos.
“A pretexto de combater a corrupção ele corrompeu o sistema de Justiça e ele precisa responder por esse rastro luminoso de miséria e destruição que ele deixou no país, 4,5 milhões de desempregos, mais de 172 bilhões de reais que deixaram de ser investidos no país e quase 50 bilhões de reais que nós perdemos em impostos”, diz Carvalho em vídeo também publicado nas redes sociais, em invertida contra Moro.
O ex-ministro também não menciona na gravação que a Lava Jato pretendia colocar R$ 2,5 bilhões da Petrobras para montar um fundo próprio em uma conta vinculada à 13ª Vara Federal de Curitiba.
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