Justiça é assunto. AO VIVO. Pedro Zambarda e Fabrício Rinaldi fazem o giro de notícias e conversam com o jurista Pedro Serrano. Veja o DCM TV.
O ministro Edson Fachin, presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), rebateu o presidente Jair Bolsonaro nesta segunda-feira (2). O magistrado defendeu as eleições e deixou claro que atacar a Justiça Eleitoral “equivale a atacar a própria democracia”.
“O Brasil tem eleições íntegras; o voto é secreto e o processo eletrônico de votação, conquanto sempre suscetível de aprimoramentos, é reconhecidamente seguro, transparente e auditável; e que são imprescindíveis paz e segurança nas eleições porquanto não há paz sem tolerância e sem respeito mútuo”, afirmou o juiz.
A posição do ministro ocorreu na abertura da reunião do Observatório da Transparência nas Eleições (OTE). O evento fechado ao público acontece no mesmo período que novos ataques ao sistema eleitoral brasileiro são feitos pelo presidente da República.
“O nosso êxito e credibilidade têm raiz na crença que compartilhamos de que a democracia é inegociável, de que a Justiça Eleitoral é um patrimônio imaterial da sociedade brasileira e de que atacá-la equivale a atacar a própria democracia. O TSE norteia-se por premissas técnicas, mas elas estão imbricadas às premissas democráticas inafastáveis, inegociáveis, que nos animam”, disse Fachin.
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Fachin defende a democracia
O discurso do ministro girou e m torno da defesa da liberdade. “A democracia é uma obra que se constrói coletivamente, a muitas mãos, a partir da pluralidade de visões, da convivência harmônica entre diferentes, da circulação de informações de qualidade e da defesa intransigente do Estado democrático de Direito. Assim, registro meu contentamento com a realização deste encontro e, também aos membros do OTE, externo a minha gratidão por terem aceitado esta incumbência”, comentou.
Vale ressaltar que, na semana passada, Bolsonaro voltou a colocar em dúvida os métodos do sistema eleitoral brasileiro. Além disso, desafiou alguns ministros do Supremo, como Alexandre de Moraes e Luís Roberto Barroso.