Estampado na capa da Time, divulgada nesta quarta-feira (04), que será disponibilizada no dia 23 de maio, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) conversou com a revista e falou sobre política no país e no mundo. Ao ser questionado sobre a decisão de voltar ao espaço político brasileiro, ele afirmou que nunca desistiu, mesmo após os eventos depois de sua condenação.
“Eu na verdade nunca desisti da política. A política está em cada célula minha, a política está no meu sangue, está na minha cabeça. Porque o problema não é a política simplesmente, o problema é a causa que te leva à política. E eu tenho uma causa”, afirmou
Na conversa, ele reiterou o desmonte das ações construídas por ele, juntamente com a ex-presidenta Dilma Rousseff (PT), durante os seu mandatos.
“O que eu estou vendo, doze anos depois, é que tudo aquilo que foi política para beneficiar o povo pobre, todas as políticas de inclusão social, o que nós fizemos para melhorar a qualidade das universidades, das escolas técnicas, melhorar a qualidade do salário, melhorar a qualidade do emprego, tudo isso foi destruído, desmontado”, explicou o pré-candidato pelo PT.
Lula, que tem liderado as pesquisas de intenção de voto para as eleições de 2022, falou sobre as expectativas de um novo governo, nos próximos 4 anos.
“Há uma expectativa de que eu volte a presidir o país porque as pessoas têm boas lembranças do tempo em que eu fui presidente. As pessoas trabalhavam, as pessoas tinham aumento de salário, os reajustes salariais eram acima da inflação. Então eu penso que as pessoas têm saudades disso e as pessoas querem isso melhorado”, falou, continuou.
“Só tem sentido eu estar candidato à Presidência da república porque eu acredito que eu sou capaz de fazer mais e fazer melhor do que eu já fiz”, disse.
“Eu tenho clareza de que eu posso resolver os problemas [do Brasil]. Eu tenho a certeza de que esses problemas só serão resolvidos quando os pobres estiverem participando da economia, quando os pobres estiverem participando do orçamento, quando os pobres estiverem trabalhando, quando os pobres estiverem comendo. Isso só é possível se você tiver um governo que tenha compromisso com as pessoas mais pobres”, finalizou.