O presidente Jair Bolsonaro (PL) abandonou a agenda internacional do Brasil e deixou a tarefa para que ministros e secretários representem o país no exterior. O chefe do Executivo não participará do Fórum Econômico de Davos, que acontecerá daqui a duas semanas.
Bolsonaro também não deverá comparecer à principal reunião de chefes de Estado do continente, a Cúpula das Américas, além de ser ignorado pelo G7, liderado pela Alemanha. A ação preocupa o Itamaraty, porque distancia o Brasil do cenário internacional, ao mesmo tempo em que impede declarações polêmicas e falas fora do roteiro em eventos no exterior.
A coluna do jornalista Jamil Chade no UOL revela que houve pouco esforço do Itamaraty para viabilizar encontros bilaterais e inserções do presidente em espaços de discussão.
Diplomatas tentam recuperar imagem do Brasil
Nos bastidores, distantes do presidente Bolsonaro, diplomatas tentam recuperar a “normalidade” das relações exteriores do Brasil com parceiros tradicionais ou voltando a ocupar posições de relevância em instituições do a OMS (Organização Mundial de Saúde).
No entanto, o caminho ainda é difícil, nesta semana a coluna de Jamil Chade revelou que o ministério da Família, Mulher e Direitos Humanos colocou como objetivo a expansão do lobby internacional contra o aborto.