Quinta dos Infernos, especial do Café da Manhã do DCM com os diabos velhos Leandro Fortes e Kiko Nogueira, falando sobre tudo e sobre todos.
Na conversa a repercussão mundial da chacina de Vila Cruzeiro; os elogios de Bolsonaro à matança; a reação do STF; e o reflexo do massacre nas eleições do Rio de Janeiro.
Logo após tem Café Anti-Colonial, com Renzo Mora e Fabrício Rinaldi, que recebem o cientista político Alberto Carlos Almeida. Moderação: Maria Fernanda Passos.
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A chacina no Rio de Janeiro, registrada como a segunda maior da história do estado
No início da manhã da última terça-feira (23), a operação policial na Vila Cruzeiro, no Complexo da Penha foi iniciada, o confronto deixou, até o momento a 26 vítimas de arma de fogo. A chacina já é considerada a segunda mais letal da história do estado, atrás da ação na favela do Jacarezinho, com 28 óbitos, em 2021. Ambas aconteceram em apenas um ano de gestão do governador Cláudio Castro (PL).
A Anistia Internacional, organização de defesa dos direitos humanos, cobrou do governo do Rio de Janeiro, do Ministério Público Federal e do Ministério Público estadual a darem explicações sobre o massacre.
“O governador deve explicações a toda a sociedade, em especial aos 200 mil moradores da Vila Cruzeiro, que estão sob forte impacto emocional e psíquico diante do terror vivido de mais uma chacina”, cobra a Anistia Internacional, que acrescenta. Já o Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro deve explicar por que não impediu que uma operação com tamanho nível de letalidade tenha sido realizada. O órgão confirmou que foi notificado sobre a operação”, declarou o órgão.
O Hospital Estadual Getúlio Vargas, na Penha, confirmou 23 óbitos, 21 pessoas que chegaram sem vida e duas foram atendidas, mas não resistiram. Uma das mortes foi de uma moradora da região, de 41 anos e de um menor de idade, o último foi informado pela direção da UPA (Unidade de Pronto Atendimento) do Alemão.
O Ministério Público Federal abriu um procedimento investigatório criminal para investigar possíveis violações cometidas por policiais na ação na Vila Cruzeiro. O MP também abriu procedimento para apurar as circunstâncias das mortes e fixou prazo de dez dias para o comando do Bope enviar “procedimento de averiguação sumária dos fatos ocorridos durante a operação”.