Genivaldo de Jesus Santos (38) foi morto nesta quarta (25) por agentes da Polícia Rodoviária Federal (PRF) por asfixia mecânica e insuficiência respiratória aguda, segundo o laudo do Instituto Médico Legal (IML). O caso ocorreu em Umbaúba (SE) e os agentes que registraram o boletim de ocorrência pela detenção da vítima foram identificados.
Segundo o Intercept Brasil, eles são Clenilson José dos Santos, Paulo Rodolpho Lima Nascimento, Adeilton dos Santos Nunes, William de Barros Noia e Kleber Nascimento Freitas. Todos são agentes do Comando de Operações Especiais da Polícia Rodoviária Federal no Sergipe e admitem ser autores da “equipe de motopoliciamento tático [que] efetuava policiamento e fiscalização” responsável pela detenção de Genivaldo.
Três deles colocaram a vítima na cela na parte traseira de uma viatura e atiraram uma bomba de gás no compartimento. Em seguida, seguraram a porta, fechando o homem enquanto ele gritava. No boletim de ocorrência, os agentes confessaram ter usado “espargidor de pimenta e gás lacrimogêneo” por conta de uma suposta “agitação do abordado”.
No documento, eles falam de uso “diferenciado da força” e alegam que ela ocasionou em “fatalidade desvinculada da ação policial legítima”. Os policiais usaram os termos “delitos” de “desobediência” e “resistência” no documento.
Os cinco agentes participavam de operação chamada Nordeste Seguro quando detiveram Genivaldo. O suposto crime cometido pela vítima foi dirigir uma moto sem capacete.