O professor Lenio Streck disse neste sábado (28) que “os nazistas deixaram legado”. Por meio das redes sociais Streck se mostrou indignado com um curso da Polícia Rodoviária Federal (PRF) em que um agente descreve aos alunos a prática de tortura de “câmara de gás” improvisada.
“Leio que o “prof”. Ronaldo Bandeira ensina, no curso da PRF, como trancar “suspeitos” em viatura com gás lacrimogêneo. Os nazistas deixaram legado. No Sergipe vimos como funciona. Novo Brasil!”, disse o professor no Twitter.
Ele também criticou a comemoração de Fabrício Queiroz sobre a chacina no Rio de Janeiro que deixou 22 mortos: “E Queiroz celebra chacina do Rio!”.
Leio que o “prof”. Ronaldo Bandeira ensina, no curso da PRF, como trancar “suspeitos” em viatura com gás lacrimogêneo. Os nazistas deixaram legado. No Sergipe vimos como funciona. Novo Brasil! E Queiroz celebra chacina do Rio! Vejam: https://t.co/DJIXs4WA8S via @YouTube
— Lenio Luiz Streck (@LenioStreck) May 27, 2022
Está circulando nas redes sociais um vídeo antigo de um professor explicando como montar uma “câmara de gás” dentro de uma viatura. O vídeo viralizou após dois agentes da PRF assassinarem Genivaldo de Jesus Santos, de 38 anos, sufocado por este método de tortura, em Sergipe.
Na gravação, o professor Ronaldo Bandeira, integrante da PRF, dá uma aula para o curso da AlfaCon, escola preparatória para aspirantes a policiais militares e federais. Ele narra uma abordagem policial e, dando risada, conta como torturou um homem.
“Ele tentou quebrar o vidro da viatura com chutes. O que o polícia faz? Abre um pouquinho [o vidro], pega o spray de pimenta e taca”, diz ele, imitando o barulho do borrifador e causando gargalhadas entre os alunos.
“Foda-se, caralho, é bom pra caralho. A pessoa fica mansinha. Aí daqui a pouco eu só escutei assim: ‘Eu vou morrer, eu vou morrer!’. Aí eu fiquei com pena, abri e falei assim: ‘Tortura!’. E fechei de novo”, concluiu.
Veja o vídeo