O cantor Alceu Valença desabafou após as fortes chuvas e a tragédia em Pernambuco, que, até o momento, já registrou a morte de 84 pessoas e a morte de famílias inteiras. O cantor, inconformado com a situação, fez um post em suas redes sociais e falou sobre as consequências causadas pelo descaso com o meio ambiente. Ele lembrou ainda uma música que fez sobre o tema em 1992.
“É preciso colocar o assunto meio ambiente na pauta como prioridade máxima. É preciso entender que os efeitos climáticos não têm fronteiras: o desmatamento, por exemplo, em uma Região, afeta outras, em um país, atinge outros. Mudanças climáticas fazem parte da dinâmica da Terra, mas ações inconsequentes e irresponsáveis têm efeito imediato. É preciso um trabalho constante, incessante para equilibrar urbanismo e natureza. Tem muita coisa errada, muito extrativismo desnecessário, pouco investimento em soluções sustentáveis”, disse o músico em seu perfil no Instagram
Alceu Valença também falou sobre a questão da fome: “Como pode existir tanta produção de alimento e fome num mesmo espaço e tempo? Tanta riqueza sugada da terra, rios e mares junto com uma escalada veloz da miséria? Antes de completar 1 semestre em 2022, vivenciamos diversas tragédias sociais provocadas não só pelo excesso de chuvas, mas, sobretudo pelo descaso dos governos, das empresas e de cada um que não tem consciência ambiental no seu dia a dia”, afirmou.
O artista lembrou ainda uma canção composta e gravada por ele há 30 anos, “Desprezo”, do álbum “Sete desejos” e compartilhou a letra da música.
Um trecho: “A todo inimigo da fauna, da flora/ aquele que promove a poluição/ aos donos do dinheiro e a quem nos devora/ aos ratos e gatunos de toda nação/ sim, vai pra toda essa gente ruim/ meu desprezo, e será sempre assim/ já não temos nenhuma ilusão/ aos donos da verdade, pobres criaturas/ aos pulhas e covardes sem opinião/ a todo populista, traidor do povo/ a todo demagogo, todo mau patrão/ sim, vai pra toda essa gente ruim”.
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