O Frigorífico Goiás, empresa de Gusttavo Lima, foi condenado a indenizar uma ex-funcionária em R$ 26,3 mil por violar seus direitos trabalhistas, segundo o De Olho nos Ruralistas. O cantor divide a sociedade do negócio com o empresário Leandro Batista da Nóbrega.
A funcionária foi contratada em maio de 2020 para o cargo de auxiliar de açougue, por um salário de R$ 1.500. Recebia, porém, R$ 1.110,31 em carteira e o restante por fora. O vínculo empregatício durou seis meses. Além disso, ela relata que a empresa não fornecia equipamentos de segurança adequados, como luvas. Alega que, por isso, sofreu uma série de pequenos acidentes, como cortes nos dedos.
A ex-funcionária conta ainda que o expediente começava às 7h30 e se encerrava às 20h30, de segunda a sábado, e às 13h30 nos domingos. Ela tinha somente meia hora para repouso e refeição. Os réus alegam que o trabalho acabava às 18h, que seu intervalo era maior e que ela teria uma folga por semana.
“As funções contratuais da reclamante eram a de embalar e frisar as embalagens de carnes, comercializadas pela reclamada, entretanto, com o passar do tempo, a reclamada passou a exigir que a reclamante fizesse cortes das carnes a serem embaladas, além da limpeza do estabelecimento e reposição de mercadorias”, diz a acusação contra a empresa do sertanejo.
Na decisão que condenou o Frigorífico Goiás, a juíza Cleuza Gonçalves Lopes, da 18ª Vara do Trabalho de Goiânia, contou somente os danos materiais e ignorou os acidentes de trabalho.
São réus no processo Leandro, Maria de Fátima da Nóbrega, mãe do empresário, e Geraldo Magela Pinto da Costa, cunhado dele. Gusttavo Lima, que tem o nome de batismo Nivaldo Batista Lima, não é citado na acusação.