Arthur Lira afastou Márcio Macêdo (PT-SE) do cargo de parlamentar e determinou a volta de José Valdevan de Jesus (PL-SE), cassado em março deste ano por abuso de poder econômico durante a campanha eleitoral de 2018. A decisão foi tomada um dia após Nunes Marques, ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), suspender a cassação. Entretanto, a segunda turma da Corte ainda vai analisar o caso.
Nesta sexta (3), o magistrado enviou um ofício escrito “urgente” para o presidente da Câmara dos Deputados. Ele informava Lira que a cassação já não está valendo.
Quando o deputado foi cassado, entretanto, a velocidade para a posse de Macêdo não foi a mesma. A decisão foi proferida no dia 17 de março e a o petista só assumiu o posto mais de um mês depois, em 27 de abril.
Márcio afirmou que recebeu “com surpresa” a decisão do magistrado. “Tenho certeza de que o STF vai reverter essa decisão intempestiva e que não cabia nesse processo. O voto popular e a democracia representativa serão respeitados”, avalia.
A presidente do PT, Gleisi Hoffmann, também criticou o afastamento do parlamentar. Segundo ela, o presidente da Câmara “está sentado há um ano e meio sobre 150 pedidos de impeachment contra Bolsonaro, mas nem piscou para enviar ao Conselho de Ética processos descabidos contra a oposição. Lira rebaixa a Câmara a serviçal do Planalto”.
Artur Lira está sentado há um ano e meio sobre 150 pedidos de impeachment contra Bolsonaro, mas nem piscou para enviar ao Conselho de Ética processos descabidos contra a oposição. Lira rebaixa a Câmara a serviçal do Planalto
— Gleisi Hoffmann (@gleisi) June 3, 2022