O presidente Jair Bolsonaro (PL) vai aumentar seu radicalismo para atrair as atenções da mídia e dos eleitores. Nos últimos dias, o chefe do executivo federal foi avisado pela sua equipe econômica que o panorama do Brasil vai mudar muito pouco. Desta forma, ele decidiu entrar em uma queda de braço com o TSE, STF e a esquerda para pautar a imprensa.
Conforme apurou o DCM, na avaliação dos bolsonaristas, a única forma de tirar votos do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) é investindo na discussão das pautas de costumes. Não por acaso os deputados aliados ao governo federal resolveram pedir um debate sobre a Barbie trans.
Bolsonaro percebeu que a ideia de defender o seu governo pelas ações feitas na economia não estava funcionando. Inflação alta, desemprego e crise na Petrobras devem seguir por um longo período, já que os economistas que estão na gestão bolsonarista não querem mudar a política.
Na última sexta-feira (3), o presidente fez novos discursos antidemocráticos. Declarou que “dúvida que o TSE vai cassar o registro” dele. E falou aos seus seguidores para se prepararem, pois podem ter que entrar numa “guerra”.
O tom ameaçador aumentará. Bolsonaro quer pautar a imprensa e ser criticado por todos os lados. Na opinião dos seus aliados, as críticas podem alimentar a militância a buscar votos e, quem sabe, se aproximar de Lula na votação.
No entanto, a equipe moderada do governo não é favorável a estratégia. Na avaliação desta ala, durante a campanha, um comportamento mais calmo. Só que o mandatário não parece disposto a ter paciência.