O presidente dos EUA, Joe Biden, avisou, de forma sutil é verdade, o presidente Jair Bolsonaro (PL) que o país não vai apoiar um possível golpe no Brasil. A afirmação teria sido feita no encontro entre os dois, ocorrida na última quinta-feira (09), durante a Cúpula das Américas e foi um claro recado de que uma tentativa pode ter sérias consequências.
A própria Casa Branca confirmou a informação, embora tenha dito que no encontro, Biden teria dito que os EUA não toleram intervenção no sistema eleitoral de lugar nenhum do mundo. A frase teria sido uma forma do presidente americano avisar para Bolsonaro não insinuar que houve fraude na votação do país, para defender seu aliado Donald Trump, mas também falando diretamente a respeito das eleições 2022 no Brasil.
Um aliado de Bolsonaro confirmou que houve a frase durante o encontro. O presidente entendeu o recado como uma forma de que os EUA não pretendem se meter nas eleições brasileiras, mas todo o seu entorno o avisou de que não se trata disso. Para políticos bolsonaristas, o recado foi de que o país não pretende apoiar uma tentativa de golpe.
A visão da ala ideológica do bolsonarismo é de que Biden ameaçou a soberania nacional e muitos defenderam até uma respostas mais enérgica, porém a classe política que cerca Bolsonaro o avisou que isso azedaria as relações que foram cordiais. Como o presidente não enxergou tom de ameaça, ele optou por não mandar nenhum recado ao colega da Cúpula das Américas.
Para a classe política, um recado tão claro, inclusive chancelado publicamente pela Casa Branca, é uma forma dos EUA avisar não apenas Bolsonaro, mas todo o bolsonarismo e até os militares de que o país pode intervir numa tentativa de golpe contra o Brasil e auxiliar as forças de segurança, como vem acontecendo com a Ucrânia.
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