Dez anos de prisão para Áñez foram “pena branda”, diz Evo Morales

Atualizado em 11 de junho de 2022 às 21:37
Veja o Evo Morales
Evo Morales. Foto: Wikimedia Commons

Neste sábado (11), Evo Morales comentou a condenação da ex-presidente golpista da Bolívia, Jeanine Áñez, criticando a pena. O Tribunal Penal Anticorrupção de La Paz condenou na sexta (10) Jeanine a 10 anos de prisão pelo caso “Golpe II”.

“Dez anos de prisão é uma sentença benigna em relação aos danos que causaram à democracia”, comentou Evo. O presidente boliviano é favorável que a pena de Áñes seja maior, tanto que o governo vai trabalhar para que ocorra uma sentença mais rígida.

A oposição boliviana, no entanto, questionou a decisão da Justiça.

Condenação de Jeanine Ánez

Jeanine Añez foi condenada pelo crime de golpe de Estado e sentenciada a 10 anos de prisão. A ex-presidente interina da Bolívia foi julgada por atuar contra Evo Morales em 2019. O julgamento começou na última segunda (6) e teve fim na sexta-feira (10). Durante o processo, houve algumas interrupções após a ré ter se declarado indisposta.

O início da audiência foi acompanhado por ela por meio de videoconferência na prisão de Miraflores, onde está detida desde março do ano passado. Na semana passada, os juízes foram ao local e ouviram suas alegações finais, ela insistiu em sua inocência e argumentou que “tinha o governo, mas nunca teve o poder”.

Durante o julgamento, a golpista alegou que a duração do processo prejudicava seu estado de saúde. Na terça (7), ela pediu ao Primeiro Tribunal de Sentença Anticorrupção de La Paz que considerasse suas condições. Um dia antes, a audiência foi interrompida por uma suposta indisposição da ré.

O Pacto de Unidade, coalizão governista, afirmou que as diversas interrupções do julgamento eram um “show político” de Añez, que buscava retardar o processo e sair impune.

A ex-presidente interina enfrenta vários julgamentos simultâneos, dois deles são chamados de caso Golpe de Estado I e caso Golpe de Estado II. Ela foi sentenciada no segundo, que avalia seus atos como senadora. O primeiro processo trata de seus atos como presidente e está parado no Parlamento.

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