O setor agropecuário seguirá apoiando o presidente Jair Bolsonaro (PL), ignorando os 33 milhões de brasileiros que estão passando fome no Brasil. Os empresários do segmento não estão dispostos, neste momento, a dialogar com o ex-governador Geraldo Alckmin (PSB), vice da chapa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
De acordo com informações da Folha de S.Paulo, Alckmin foi escalado para fazer a ponte com ruralistas. Além de escutar os problemas do setor, o ex-governador de São Paulo teria que buscar votos numa área que é conhecida por ser bolsonarista.
A pé-campanha de Lula tem usado também o ex-senador e ex-ministro Blairo Maggi e o ex-deputado Nilson Leitão, atualmente presidente do Instituto Pensar Agropecuária e consultor da CNA (Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil), para diminuir a resistência do agro com o petista.
Porém, interlocutores ruralistas dizem que as conversas são tímidas e deixam claro que lideranças do agronegócio não pretendem apoiar Lula e Alckmin na eleição. Isto porque estão sendo beneficiados com uma série de medidas adotadas na gestão do governo Bolsonaro.
Ao longo dos últimos quatro anos, o setor foi beneficiado com recursos públicos e com as mudanças na legislação ambiental. Não há qualquer preocupação com os 33 milhões de brasileiros que estão na linha da miséria no país.
Porém, o agro deixa claro que, caso Lula e Alckmin vençam as eleições, haverá um esforço do setor para compor com o governo.