Segundo o colunista da UOL, a Amazônia vem sofrendo diversas ameaças por narcotráfico, natureza, e até mesmo por desmatamento. Com a falta de fiscalização no decorrer dos anos tudo isso vem piorado e dificultando a vida dos moradores e funcionários de região.
Um dos trechos mais impactantes é de um homem, que não quis ser identificado, que revelou ter sido ameaçado. Um dos criminosos afirmou que a vida do denunciante valia R$ 1 mil.
O indigenista Bruno Araújo foi um dos maiores responsáveis por denunciar as irregularidades e crimes que ocorrem na Amazônia. Porém, durante o governo Jair Bolsonaro, os órgãos responsáveis pela fiscalização da floresta foram desmantelados.
Veja abaixo detalhes da reportagem.
S/N (nome do homem de 51 anos foi ocultado, e o local das ameaças, omitido a pedido do ativista, que teme ser alvo de represália) estava jantando com um amigo em um restaurante na região do Tapajós, no oeste do Pará. Foi quando um homem chegou à mesa para fazer uma das ameaças que iria começar a receber constantemente por atuar na defesa de direitos dos povos tradicionais da Amazônia.
“Ele chegou e disse: ‘S/N, sabia que tem uma lista aqui de ameaçado de morte? E que a gente não gosta de ONG?'”, relatou o ativista.
“Eu falei: ‘olha que curioso, não sabia não’. E o cara disse: ‘pois é, e tu tá nessa lista. O problema é que a tua vida tá valendo R$ 1.000, pouca gente vai querer te matar. Mas se tu continuar perturbando a gente o preço da tua cabeça vai subir. Então presta atenção no que tu está vindo fazer aqui”, lembrou.
A lista de ameaças inclui bilhetes e ligações, chegando até a um caso vindo da própria polícia, ocorrido quando João estava chegando a uma audiência pública que debateria a construção de uma hidrelétrica.
“Um carro da polícia com quatro homens bem armados estava lá, e um policial pediu para eu mostrar a faixa, mas estava em Munduruku. Ele disse: ‘eu não sei o que está escrito, mas se for contra a reunião, tu toma cuidado que a gente sabe o hotel que você está”
S/N é só uma das pessoas ouvidas durante a semana pela coluna que relatam ameaças por lutarem contra ações de invasores de terra e contra o desmatamento amazônico. Muitas delas temem dar nomes, mas alguns aceitaram contar casos se identificando.
A reportagem completa pode ser lida aqui.