Sergio Moro disse na terça-feira (14) que “não tem nenhuma responsabilidade” sobre a exoneração do indigenista Bruno Pereira da Fundação Nacional do Índio (Funai) em 2019. Bruno está desaparecido na região do Vale do Javari, no Amazonas, junto com o jornalista britânico Dom Phillips, desde 5 de julho.
“Eu era ministro da Justiça, e a Funai era um dos órgãos subordinados. Essa decisão não passou por mim”, disse o ex-juiz em coletiva de imprensa. Segundo Moro, os órgãos subordinados ao ministério tinham autonomia em suas decisões. A coletiva ocorreu após o evento marcado pelo ex-juiz para anunciar seu futuro político.
A União dos Povos Indígenas do Vale do Javari (Univaja) afirma que o indigenista foi demitido em outubro de 2019 da Funai sem qualquer justificativa, depois de coordenar uma operação que expulsou garimpeiros da terra indígena Yanomami, em Roraima.
“Espero realmente que eles sejam encontrados com vida. Minha solidariedade à família. Eu acho que é um evento trágico, e espero que os responsáveis sejam encontrados e punidos. Infelizmente isso não traz de volta as pessoas, mas é uma resposta que o governo brasileiro tem que ter”, disse Moro.
O ex-juiz ainda criticou o “aumento do crime organizado” na região amazônica e disse estar conversando com seu partido sobre essa questão para criar um plano de segurança pública específico para a área.