Caso Dom e Bruno: Deputado americano quer investigação independente

Atualizado em 16 de junho de 2022 às 17:12
Na imagem, congressista norte-americano Raúl Grijalva discursa em Washington, DC. Foto: Chip Somodevilla/Getty Images

Nesta quinta-feira (16), o deputado Raúl Grijalva, integrante do Congresso dos EUA, pediu que as mortes dos ativistas Dom Philips e Bruno Pereira fossem investigadas de modo independente, a fim de que se entenda a relação do caso com o atual governo Bolsonaro e as respectivas ações tomadas após o ocorrido.

O indigenista Bruno Araújo e o jornalista Dom Phillips desapareceram no último dia 5, no Vale do Javari, extremo oeste do Amazonas. Após 10 dias de buscas pelo servidor licenciado da Fundação Nacional do Índio (Funai) e o colaborador do jornal The Guardian, a Polícia Federal anunciou que o pescador Amarildo Oliveira confessou o assassinato dos ativistas. 

“Há numerosas questões que permanecem, não apenas sobre seu desaparecimento, mas sobre as ações subsequentes tomadas pelo governo Bolsonaro”, afirmou Grijalva. “Peço ao sistema judicial brasileiro que responsabilize os autores destes assassinatos horríveis. O governo brasileiro deveria permitir a uma entidade independente conduzir uma investigação intensiva e transparente”, completou o congressista. 

Grijalva é democrata, representa o estado do Arizona e integra a Comissão de Recursos Naturais da Câmara dos Estados Unidos. Para o congressista, “a perda deles [Dom Phillips e Bruno Pereira] é uma notícia devastadora para a comunidade internacional, para o jornalismo e os direitos indígenas no Brasil e ao redor do mundo […] As famílias e amigos de Dom e Bruno merecem justiça, e podem ter certeza que o mundo estará olhando de perto”. 

O governo norte-americano apresentou uma série de questionamentos às autoridades brasileiras na semana passada, quando o presidente Jair Bolsonaro e alguns de seus ministros estiveram na Cúpula das Américas, em Los Angeles. Novas ações para proteção e fortalecimento do trabalho da imprensa também foram debatidas. O governo Biden, por sua vez, defendeu o trabalho dos jornalistas e ativistas de direitos humanos como pilar da democracia no continente, e se colocou à proteção dos mesmos. 

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