A extradição do fundador do WikiLeaks, Julian Assange, para os Estados Unidos, foi aprovada, nesta sexta-feira (17), segundo informou a ministra do Interior do Reino Unido, Priti Patel.
Assange é acusado pelos EUA de ter cometido 18 crimes, sendo uma delas espionagem. Ele foi responsável pela divulgação de diversos registros militares confidenciais e telegramas diplomáticos. O governo estadunidense diz que o fundador do WikiLeaks colocou vidas em risco.
Julian é visto por milhares de pessoas como um herói anti-establishment, sendo uma vítima do governo dos Estados Unidos. Ele foi a pessoa que apresentou todas as irregularidades do país governado por Joe Biden em conflitos no Afeganistão e no Iraque.
Na visão dos apoiadores de Assange, ele apenas cumpriu seu trabalho jornalístico e que tem total liberdade de expressão para apresentar os fatos.
A ministra do Interior do Reino Unido explicou que a extradição foi aprovada, mas que ele pode recorrer. “Neste caso, os tribunais do Reino Unido não consideraram que seria opressivo, injusto ou um abuso de processo extraditar Assange”, afirmou Priti em nota para a imprensa.
“Também não descobriram que a extradição seria incompatível com seus direitos humanos, incluindo seu direito a um julgamento justo e à liberdade de expressão, e que enquanto estiver nos EUA ele será tratado adequadamente, inclusive em relação à sua saúde”, completou.
“Este é um dia sombrio para a liberdade de imprensa e para a democracia britânica”, comentou Stella, esposa de Assange. “Hoje não é o fim da luta. É apenas o começo de uma nova batalha legal”, concluiu.