O presidente da Câmara Arthur Lira (PP-AL) comentou nesta segunda-feira (20) a renúncia do presidente da Petrobras José Mauro Coelho e afirmou não haver “vencedores, nem vencidos” na crise envolvendo a estatal.​

O presidente da Câmara disse que não há o que “comemorar nos fatos recentes envolvendo a Petrobras.” “Não há vencedores, nem vencidos. Há só o drama do povo, dos vulneráveis e a urgência para a questão dos combustíveis”, escreveu no Twitter.

“A hora é de humildade por parte de todos, hora de todos pensarem em todos e de todos pensarem em cada um”, prosseguiu. “A intransigência não é o melhor caminho. Mas não a admitiremos. A ganância não está acima do povo brasileiro.”

A hora é de humildade por parte de todos, hora de todos pensarem em todos e de todos pensarem em cada um. A intransigência não é o melhor caminho. Mas não a admitiremos. A ganância não está acima do povo brasileiro.

— Arthur Lira (@ArthurLira_) June 20, 2022

Lira foi um dos principais defensores da saída de Coelho do comando da Petrobras. Na semana passada, ele pediu a renúncia do presidente e afirmou que ele não tinha legitimidade e pratica “terrorismo corporativo”. O presidente da Câmara ainda chamou a estatal de “criança mimada” e falou em tributar lucros.

Coelho renunciou na manhã desta segunda, após o governo presidente Jair Bolsonaro (PL) intensificar no fim de semana a pressão sobre o executivo.

A manifestação de Lira acontece poucas horas antes de uma reunião com líderes de partidos da base marcada para discutir as medidas que serão tomadas após o reajuste de preços de combustíveis anunciado pela Petrobras na sexta-feira (17).

Após o anúncio do aumento de preços, ele afirmou que o executivo estava “sacaneando” e disse que ia “para o pau” para “rever tudo de preços” de combustíveis.

O governo Bolsonaro vinha pressionando Coelho há duas semanas para que ele deixasse o cargo para apressar a posse de Caio Paes de Andrade, o novo indicado. Ele se negava a acatar pedidos, mas com o reajuste de preços da gasolina e do diesel, a pressão aumentou levando à renúncia.

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