O governo do presidente Jair Bolsonaro (PL) se irritou com a decisão do conselho de administração da Petrobras de nomear Fernando Borges, diretor de Exploração e Produção, como presidente interino da empresa, segundo reportagem do O Globo.
O Palácio do Planalto queria que Caio Paes de Andrade, o indicado do Ministério de Minas e Energia, já fosse o escolhido para substituir José Mauro Coelho, que renunciou o cargo nesta segunda-feira (20). Para o governo, Paes de Andrade deveria ser designado como interino e depois efetivado.
A avaliação é que a indicação para a escolha do novo presidente já havia sido comunicada à estatal há quase um mês, o que seria tempo suficiente para que a burocracia anulasse qualquer pendência.
Agora, o governo trabalha com duas possibilidades para a eleição de Paes de Andrade. Em uma hipótese mais otimista, a nomeação acontecerá ainda hoje, caso seja convocada uma reunião de emergência do conselho para esta tarde.
Ou então entre quinta-feira e sexta-feira, se o conselho avaliar que é necessário que o comitê de pessoas da Petrobras resolva processos burocráticos que constam o currículo de Paes de Andrade.
De acordo com a reportagem, um ministro de Bolsonaro, disse, em tom de desolação que “o correto era que a nomeação do Caio fosse feita hoje”, mas que ele não confia “em mais nada do que sai ali da Petrobras. Então, se não for hoje, será nesta semana”.
Ainda segundo a reportagem, um integrante do conselho de administração da Petrobras tem opinião semelhante em relação aos prazos: “Até amanhã isso estará resolvido”.