Nesta terça (21), Lula e Geraldo Alckmin divulgaram as diretrizes de seu plano de governo. Segundo Aloizio Mercadante, que é ex-ministro e presidente da Fundação Perseu Abramo, afirmou que o documento “é um ponto de partida” e “um convite” para colaboração.
“Esse documento não é a chegada. É um ponto de partida, e tem que ser compreendido como ponto de partida. Esse documento é um convite a todos aqueles que querem participar, debater e ajudar a reconstruir esse país. Portanto é um documento que está aberto a todo tipo de contribuição”, avaliou.
Junto do documento, foi lançada uma plataforma para que cidadãos contribuam com propostas para o futuro plano de governo. Mercadante diz que o PT quer “ouvir a sociedade”
“Nosso programa de governo não é coisa só de técnicos, acadêmicos, de cima para baixo. Ninguém está aqui para escrever um livro e achar que aquilo resolve. Estamos construindo, é um trabalho de engenharia política”, aponta.
O documento inicial foi elaborado com apoio dos partidos aliados (PSB, PCdoB, PV, PSOL, Rede e Solidariedade) e destacou principalmente questões relacionadas a Petrobras e Amazônia. As diretrizes apontam “seis compromissos centrais”, segundo Mercadante.
São eles: restauração da condição de vida da população; defesa da igualdade, da democracia, da soberania e da paz; desenvolvimento econômico com estabilidade de combate à carestia; justiça social e inclusão por meio de direitos, trabalho, renda e segurança alimentar; direitos humanos; e sustentabilidade socioambiental e enfrentamento da crise climática.
O ex-ministro diz que o combate à fome é “prioridade absoluta” da chapa. “Isso não pode continuar no Brasil. E se alguém vai enfrentar isso, é o presidente Lula, porque a fome para ele não é uma categoria analítica, é uma experiência de vida”.
“Estamos vendo uma América Latina cada vez mais progressista. E não tem um chefe de Estado desses novos governos populares que não queira estar com o Lula e que não esteja olhando decisivamente para o resultado da eleição no brasil. O brasil vai mudar a América Latina e a América do Sul e vai mudar a geopolítica internacional, porque nós vamos ter um governo comprometido com o enfrentamento da crise climática, na linha de frente da defesa da Amazônia e em uma política de integração regional, porque nós não teremos força no planeta se não estivermos integrados regionalmente. Isso é o que o mundo democrático civilizado espera do Brasil, e espera muito. O tema da soberania e da integração regional é muito importante”, finaliza.