Na quarta-feira (22), dia em que a Polícia Federal prendeu o ex-ministro da Educação Milton Ribeiro, o presidente do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), Marcelo Ponte, teve um dia cheio de reuniões com deputados do Centrão no ministério e na presidência do órgão.
De acordo com informações que constam em sua agenda oficial, Ponte se reuniu com políticos do PP, Pros, PSD e União Brasil. O FNDE está no centro do balcão de negócios do Ministério da Educação (MEC), já que é de responsabilidade do órgão a transferência de recursos financeiros e a assistência técnica aos estados, municípios e ao Distrito Federal.
Vale destacar que Ponte não foi alvo da operação Acesso Pago, que prendeu o ex-ministro da educação, os pastores Gilmar Santos e Arilton Moura, o ex-assessor do MEC Luciano Musse e Helder Bartolomeu, que é genro de Arilton. O presidente do FNDE inclusive negou que sua atuação tenha sido influenciada por pastores.
Os pastores apontados como lobistas gozavam de trânsito livre no governo, organizavam viagens do ministro com lideranças do FNDE e intermediavam encontros de prefeitos na residência de Ribeiro. Os religiosos tinham em um hotel de Brasília uma espécie de QG para negociação de recursos. Ali, recebiam prefeitos, assessores municipais e também integrantes do governo.
Segundo a PF, com base em documentos, depoimentos e um relatório da CGU (Controladoria-Geral da União) foi possível mapear indícios de crimes na liberação de verbas do fundo.
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