Motoristas e cobradores da cidade de São Paulo fazem a segunda paralisação em 15 dias, com grande adesão da categoria. A assembleia que definiu pela greve, realizada ontem (28) contou com cerca de 6 mil trabalhadores.
O Sindicato dos Motoristas reivindica hora de almoço remunerada, pagamento de PLR (Participação nos Lucros e Resultados) e planos de carreira para o setor de manutenção.
Na greve do dia 14 de junho, eles conquistaram 12,47% de reajuste nos salários extensivo ao vale-refeição. Os patrões se comprometeram a encaminha as reivindicações motivo da greve de hoje em uma semana mas não deram nenhum retorno.
“Já se passaram dois meses das nossas negociações e os patrões mostraram-se intransigentes, pedindo prazos, paciência e protelando decisões. A categoria está estafada dessa enrolação”, afirmou o presidente em exercício do sindicato, Valmir Santana da Paz (Sorriso), no site da entidade.
A estratégia dos trabalhadores é parar as linhas estruturantes, aquelas que levam ao centro da cidade e manter em funcionamento aquelas que circulam entre os bairros.
A SPTrans, responsável pelo transporte público rodoviário na cidade de São Paulo, informou que 88 linhas estavam inoperantes nesta madrugada, enquanto 62 operavam normalmente. Já pela manhã, a paralisação afeta 675 linhas que operam 6.008 ônibus na capital paulista. A previsão era de 1,5 milhão de usuários fossem afetados até o horário de pico, às 9h, segundo boletim da SPTrans divulgado às 6h. A Prefeitura informou que o rodízio de carros estará suspenso na capital ao longo de hoje.
Está prevista para hoje, às 16 horas, uma nova assembleia de motoristas e cobradores para avaliar o movimento. A princípio, a greve deve durar 24 horas.
Publicado originalmente no site Portal Vermelho