Neste sábado (02), uma das deputadas responsáveis pela ação contra o ex-piloto Nelson Piquet falou sobre o motivo da representação na Câmara dos Deputados, o qual tornou o esportista alvo do Ministério Público por crime de discriminação e preconceito racial.
A deputada Talíria Petrone, do PSOL, justificou que falas como a de Piquet não devem ser toleradas.
“Nelson Piquet é mais um exemplo de como funcionam os apoiadores do presidente: respondem com ódio sempre que podem. Não podemos tolerar esse tipo de fala num estado democrático. O racismo, que estrutura nossa sociedade, precisa ser combatido em todas as esferas”, disse Talíria Petrone ao UOL.
Representantes do PSOL na Câmara afirmam que “a fala de Piquet merece repúdio de todos os que acreditam nos princípios constitucionais”.
A parlamentar, juntamente das também deputadas federais pelo PSOL Áurea Carolina (MG) e Vivi Reis (PA), encabeçou a acusação. Na última sexta-feira (01), o ex-piloto tornou-se alvo de denúncia no MP-DFT, o qual vai investigar a conduta dele.
As declarações que repercutiram aconteceram durante uma entrevista em 2021, e que ele usou o termo “neguinho” mais de uma vez, de maneira pejorativa, para se referir ao piloto, e campeão de Formula 1, Lewis Hamilton.
“O neguinho [Lewis Hamilton] meteu o carro e não deixou. O Senna não fez isso. O Senna saiu reto. O neguinho meteu o carro e não deixou Verstappen desviar. O neguinho deixou o carro porque não tinha como passar dois carros naquela curva. Ele fez de sacanagem. A sorte dele foi que só o outro se fodeu. Fez uma puta sacanagem”, comentou Piquet em entrevista.