Bolsonaro ataca novamente Barroso e o sistema eleitoral

Atualizado em 3 de julho de 2022 às 15:58
Jair Bolsonaro de terno e gravata, com a mão no peito e expressão séria
Foto: Reprodução/Instagram

Neste domingo (3), o presidente Jair Bolsonaro voltou a criticar o ministro Roberto Barroso, ex-presidente do Tribunal Superior Eleitoral, e o sistema eleitoral brasileiro em uma mensagem enviada a apoiadores em grupos no WhatsApp.

O atual chefe do governo divulgou um vídeo e um longo texto em que sugere que existem irregularidades no processo de contagem de votos.

“Barroso afirmou em vídeo (acima) que: ‘quem conta os votos por ocasião das eleições é um ‘supercomputador’ de uma empresa terceirizada, contratada pelo TSE. Essa mesma empresa terceirizada foi a que apagou os LOGs por ocasião das eleições/2018, confirmado pelo Inquérito Policial 1361/2018-SR/PF/DF, sem classificação sigilosa”, diz trecho do texto.

Em seguida, algumas questões são levantadas. “Seria por isso que o TSE não aceita a apuração simultânea proposta pelas Forças Armadas? Os números poderiam ser diferentes dos votados na urna? Seria só para presidente? Ou também para governadores, deputados e senadores?”.

“Por que o TSE confia tanto no desacreditado DataFolha? Acaso os números do DataFolha estariam de acordo com os já existentes no ‘supercomputador’, que seriam mostrados no dia 02/outubro/2022? Por que Barroso tem andado pelo mundo dizendo que o nosso sistema eleitoral é confiável? Por que Fachin se reuniu com 70 embaixadores e pediu-lhes que, seus respectivos Chefes de Estado, reconheçam imediatamente o resultado das eleições?”, pergunta o texto.

O ‘supercomputador’ citado se refere ao equipamento que fica na sala do TSE em Brasília e é utilizado para fazer a totalização dos votos nas eleições. No vídeo, Barroso e o então secretário de tecnologia da informação do Tribunal Giuseppe Dutra Janino respondem a pergunta de um jornalista, que quis saber sobre a manutenção da máquina.

Na ocasião, o técnico do TSE disse que o computador “faz um papel de nuvem computacional”, o que, no texto divulgado por Bolsonaro, sugeriu que a apuração não é feita por uma máquina física, mas por um serviço de nuvem terceirizado. Vale destacar que o armazenamento em nuvem é utilizado para salvar dados na internet.

O vídeo, que começou a circular pelas redes sociais no mês passado, já havia ganhado uma resposta na página Fato ou Boato, rede de checagem criada pelo TSE. De acordo com o Tribunal, a informação de que a totalização dos votos é feita por um serviço de nuvem, e não por um computador físico, é falsa.

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