Os servidores estão furiosos com o presidente Jair Bolsonaro (PL), que não cumpriu a promessa de aumentar os salários neste ano. O prazo legal para a concessão de reajustes à categoria venceu e entidades manifestaram a revolta pela falta de reajuste.
Nesta quarta-feira (6), a Frente Parlamentar Mista em Defesa do Serviço Público divulgou uma nota para “expressar extrema indignação”. Para a “Servir Brasil”, Bolsonaro “entrou para a história”, por ser o único presidente a não conceder aumento das perdas inflacionária aos servidores.
“O prazo para a concessão se encerrou nesta semana, 4 de julho. Por negligência do governo, os 1 milhão e 200 mil servidores civis da União, ativos e inativos, e seus pensionistas, não tiveram seus direitos mínimos respeitados”, diz a nota.
“É preciso ressaltar que trata-se da recomposição das perdas inflacionárias, e não aumento salarial, um ajuste necessário ao movimento inflacionário e econômico do país. Por diferentes oportunidades, o governo de Bolsonaro desprezou a categoria de servidores públicos, ignorando a importância do trabalho e contribuição ao Brasil. O ato de não repassar um ajuste garantido pela Constituição é mais uma representação de maltrato à categoria por parte do governo”, acrescentou a frente parlamentar.
Segundo a nota, resta aos servidores “a expectativa de novos presidentes que respeitem os esforços dos trabalhadores da categoria”. “Seguiremos na luta para que atos de desrespeitos como este não se repitam no governo de Bolsonaro ou de qualquer outro que ocupar a cadeira maior do Executivo”, concluiu.
Na terça-terça (5), delegados e peritos da PF já haviam divulgado uma carta pública para demonstrar sua fúria contra o presidente.
No documento, eles disseram que “repudiam veementemente a forma de condução e a posição do governo federal durante a discussão de um tema tão sensível, lamentando o encerramento do prazo para que fosse aprovada e sancionada a reestruturação das forças de segurança da União”.
Segundo os policiais, Bolsonaro descumpriu um compromisso com a categoria. “É a representação máxima do que esse governo significou para a segurança pública e seus servidores: descaso, desprestígio e desvalorização”, diz.
A nota foi assinada pela Associação Nacional dos Delegados de Polícia Federal (ADPF), pela Associação Nacional dos Peritos Criminais Federais (APCF) e pela Federação Nacional dos Delegados de Polícia Federal (FENADEPOL).