Com o incentivo do presidente Jair Bolsonaro (PL), as Forças Armadas vão seguir pressionando a Justiça Eleitoral. Segundo reportagem do Estadão, o Ministério da Defesa planeja enviar um novo ofício ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE), cobrando respostas a três questionamentos sobre a segurança do sistema de votação.
As Forças Armadas também querem uma reunião entre militares do Comando de Defesa Cibernética e técnicos civis da Justiça Eleitoral. De acordo com generais, a intenção é discutir alguns critérios adotados pela Corte e a ampliação dos testes públicos de segurança.
Bolsonaro vem intensificando seus ataques às urnas eletrônicas. Na quinta-feira (7), ele acusou o presidente do TSE, Edson Fachin, de saber o resultado das eleições antecipadamente, insinuando que o magistrado “tem certeza” de que o ex-presidente Lula (PT) vencerá a disputa.
Na quarta-feira (6), em comissão na Câmara, o ministro da Defesa, general Paulo Sérgio Nogueira de Oliveira, afirmou que “não há sistema que não mereça aperfeiçoamento”.
Segundo o general, as Forças Armadas “estavam quietinhas no seu canto” e foi o STF quem as convidou para garantir um processo transparente e com melhores condições de auditoria.
“Tenho tentado em várias oportunidades, para que possamos sentar à mesa, conversar, conhecer melhor. Não tenho tido êxito”, reclamou o general. “O sistema está na mão do TSE, que vai decidir o que vai ou não acatar.”
O PL, partido de Bolsonaro, incentiva uma auditoria externa e quer mudanças no teste de integridade das urnas.