Moro caminha para a sepultura política. Por Fernando Brito

Atualizado em 12 de julho de 2022 às 21:38
Foto: Pedro França/Agência Senado

Por Fernando Brito.

Como esperado, o ex-juiz Sergio Moro dá mais um passo em sua rota de traições e anuncia sua candidatura ao Senado pelo Paraná, eleição na qual, até agora, o seu histórico apoiador, Álvaro Dias, até agora era franco favorito à reeleição.

As pesquisas não são conclusivas sobre suas chances – aparece em primeiro ou em segundo, dependendo do levantamento – e não terá padrinho em candidatos a governador ou a presidente, porque Ratinho Jr e Jair Bolsonaro não vão entrar em sua campanha.

Nas suas primeiras declarações, mostra qual será a sua estratégia política, a única que tem desde que surgiu, como pretenso juiz da Lava Jato – afinal declarado incompetente para o caso. É apresentar-se como “líder da oposição a Lula”, caso ambos sejam eleitos.

Quem Moro irá liderar, já que ninguém confia nele, nem mesmo na direita, pouco importa. Importante é tentar reconquista a mística com que a imprensa e os polítiicos, anos atrás, o envolveram, e que desmorona a olhos vistos.

O Globo publica hoje a pesquisa de avaliação que publico na ilustração, com resultados acachapantes para o ex-juiz:

“A pesquisa anual do Instituto da Democracia (IDDC/INCT), que este ano foi às ruas em junho, incluiu aos entrevistados uma questão sobre qual a avaliação de Moro, feita em uma escala de 1 (“não gosta de jeito nenhum”) a 10 (“gosta muito”). Os que responderam “1” foram 41%, enquanto os que escolheram 10 chegam a 4%.
Considerando somente a soma de pessoas que se colocaram entre 1, 2 e 3 – faixa na qual a rejeição é mais pronunciada –, são 58% dos entrevistados. Do outro lado, a faixa de 8, 9 e 10 (com aprovação mais alta) tem 10% somados. Em um recorte da pesquisa por regiões que foi analisado pelo Pulso, o “1” também aparece como a opção mais escolhida entre todas.”

Em resumo, Moro é avaliado pela maioria como um homem merecedor do desprezo público.

E é assim que deve ser tratado, porque atacá-lo é dar uma importância que ele já não tem e permitir que ele consiga o espaço que vai lhe faltar na direita, a menos que volte a beijar a mão de Bolsonaro.

E, neste caso, sujeito a levar um tapa bem estalado.

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