Os partidos que integram a chapa Lula e Alckmin apresentaram ao TSE, nesta quarta-feira (13), um pedido de providências para conter a escalada de casos de violência política no país. O documento foi entregue ao ministro Alexandre de Moraes, que assumirá a presidência do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) em 16 de agosto.
Um dos pedidos foi que a Justiça Eleitoral suspenda o porte de arma durante os dias do primeiro e segundo turno das eleições.
Um documento apresentado a Moraes defende que nos dias 2 e 30 de outubro, datas do primeiro e segundo turno das eleições de 2022, a circulação de pessoas portando armas fique restrita a atividades policiais e de segurança. Segundo a proposta, o acesso de pessoas armadas nos locais de votação também ficaria proibido.
Participaram da reunião do TSE as lideranças de PT, PCdoB, PSol, PSB, PV, Solidariedade e Rede. As siglas também pediram que partidos passem a ser responsabilizados por atos de violência de seus filiados.
Na terça-feira (12), o relatório que reúne os casos de violência política no Brasil desde as eleições presidenciais de 2018, também foi entregue ao procurador-geral da República Augusto Aras. Os líderes dos partidos afirmam que o “estopim” para a apresentação das petições foi o assassinato do tesoureiro do PT, Marcelo Arruda, no último sábado (9), durante sua festa de aniversário, em Foz do Iguaçu, pelo bolsonarista Jorge Guaranho.
Com petições pedindo providências, os partidos argumentam que o crime foi um episódio de violência dentro do atual contexto “marcado pela intolerância política e constantemente incentivado pelo presidente da República e seus apoiadores”.
“As petições com o pedido de providências entregues à PGR e ao TSE relatam e evidenciam uma série de crimes, delitos e atos violentos cometidos contra atores que se opõem ao governo de Jair Bolsonaro e tem a única intenção de evitar que novas tragédias como a que tirou a vida Marcelo Arruda no Paraná voltem a acontecer Brasil afora”, explicam os advogados Eugênio Aragão e Cristiano Zanin que redigiram as peças jurídicas.