O agente penal bolsonarista Jorge José da Rocha Guaranho, que matou o guarda municipal e líder do PT em Foz do Iguaçu, Marcelo Aloizio de Arruda, foi citado e intimado pela Justiça nesta quinta-feira, devendo apresentar sua defesa num prazo de 10 dias.
O autor do crime foi hospitalizado após ser baleado por Arruda, que tentava se defender do ataque a tiros. Ele tinha invadido a festa de aniversário de Arruda, temática do PT, e atirado contra ele. Agora encontra-se internado no Hospital Ministro Costa Cavalcanti em Foz do Iguaçu (PR) e já recebeu alta da UTI.
Guaranho tornou-se réu do processo na quarta-feira, mediante denúncia do Ministério Público do Paraná. Segundo o mandado de citação, a defesa do réu poderá, no prazo determinado, apresentar sua versão, em documentos e justificações, especificar provas pretendidas e arrumar até oito testemunhas para intimá-las quando for preciso.
Guaranho foi denunciado pelo MPPR por homicídio duplamente qualificado por motivo fútil, tido como aquele insignificante ou banal, e perigo comum. Como ele colocou a vida de mais pessoas em risco ao efetuar os disparos no salão de festas, somou-se uma segunda qualificadora.
De acordo com o oficial de Justiça que fez a intimação, Guaranho “encontrava-se lúcido e compreendendo todo o teor da contrafé que lhe foi lida”, além de ter feito suas próprias perguntas e respondido os questionamentos de praxe.
A Secretaria de Segurança Pública do Paraná informou que a Polícia deve concluir a perícia do celular do assassino até o dia 29 de julho. O Ministério Público do Paraná já cobrou da Polícia Civil o resultado da investigação.