Lula é assunto. AO VIVO. Cassio Oliveira faz o giro das principais notícias e conversa com o jornalista Jamil Chadde, que lança o livro “Luto Reflexões Sobre a Reinvenção do Futuro”. Veja o DCMTV.
Luiz Inácio Lula da Silva (PT) sugeriu que os movimentos sociais adiem para 10 de setembro a mobilização da Semana da Pátria, já que tudo indica que 7 de setembro será o “dia D” para a campanha de Jair Bolsonaro (PL). Se nada mudar até lá, o ato de Lula acontecerá três dias após a proclamação da Independência do Brasil completar 200 anos.
Segundo avaliam os aliados do petista, o atual chefe do governo deve incentivar mobilizações, além da própria parada militar, para dar uma demonstração de poder. De acordo com esse entendimento, Bolsonaro deve partir para o “tudo ou nada” nessa data, mirando dois objetivos: uma virada na disputa presidencial ou a deslegitimação o processo eleitoral.
Pensando nisso, o candidato do PT não quer medir forças com os apoiadores do atual presidente, já que o grau de animosidade dessas pessoas pode variar de acordo com as pesquisas. Seguindo essa avaliação, se Lula continuar liderando as intenções de votos a agressividade dos simpatizantes de Bolsonaro será proporcional à vantagem do ex-presidente.
De acordo com informações da Folha de S. Paulo, essa agenda foi tema de reunião da coordenação da campanha de Lula, no último dia 11. Representantes de movimentos sociais levaram à mesa propostas para a comemoração do 7 de Setembro. De acordo com os presentes, o próprio petista desencorajou a realização de um ato apenas como resposta aos bolsonaristas, que terão a máquina administrativa a seu favor. Para ele, o ideal é que seja organizado um ato que reúna apoiadores, incluindo artistas e intelectuais, em torno de um tema, como combate à fome e defesa da soberania nacional.
Na tarde de sexta-feira (22), os organizadores definiram como mote o “dia nacional de mobilização unitário em defesa da democracia, por eleições livres e contra a violência”.
“O debate que a gente faz é: será o caso de jogarmos peso na mobilização do 7 de Setembro apenas para fazermos uma contraposição, para uma medição de forças?”, justificou Raimundo Bonfim, coordenador nacional da Central de Movimentos Populares (CMP), um dos integrantes da comissão responsável pela organização, que disse que essa mudança de data não tem como objetivo somente evitar hostilidade nas ruas.
LEIA MAIS:
Além de Lula, Randolfe fala
Já o senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), um dos coordenadores da campanha de Lula, disse que o dia da independência é para celebrar o Brasil e a união dos brasileiros e que Bolsonaro “dá sentido partidário” à data. “A ideia é fazer algo diferente da proclamação ao ódio que o Bolsonaro fará. Não queremos entrar na disputa e nas provocações.”
“Achamos, inclusive, que Bolsonaro está sendo pouco inteligente. Ele lucraria muito mais se fizesse um ato cívico, de união nacional, em vez de um ato eleitoral de divisão dos brasileiros”, afirmou o parlamentar.