Com uma disputa consolidada entre Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e Jair Bolsonaro (PL) e a chamada terceira via espremida nas intenções de voto, um cenário de estabilidade nas pesquisas presidenciais é explicado pelo fato de que 71% dos eleitores dizem estar totalmente decididos sobre seu voto para presidente da República. Outros 28% declararam que ainda podem mudar de voto para presidente.
A pesquisa mostra Lula com 47%, Bolsonaro com 29%, o ex-ministro Ciro Gomes (PDT) com 8% e a senadora Simone Tebet (MDB) com 2%. Os eleitores mais convictos são justamente os de Lula e Bolsonaro.
Entre os que declaram voto no ex-presidente, 79% dizem estar totalmente decididos e 20% podem mudar. Para o atual chefe do Executivo, os índices são de 79% e 21%.
O voto consolidado se relaciona também com a taxa de conhecimento dos candidatos, que é bastante alta nos casos de Lula e Bolsonaro –98% declaram conhecer o petista e 97% dizem conhecer o atual presidente.
Os eleitores de Ciro e de Tebet, em sua maioria, ainda consideram trocar de candidato. Entre os que escolheram o candidato do PDT, 34% afirmam estar totalmente decididos e 65% podem mudar. Os eleitores da emedebista se dividem entre 39% de consolidados e 59% que ainda podem mudar. Ciro é conhecido por 86%, enquanto Tebet tem taxa de conhecimento baixa de apenas 24%.
Alguns setores da sociedade estão convictos de suas escolhas, como os evangélicos (72%), os empresários (82%), os maiores de 60 anos (78%) e os que recebem Auxílio Brasil (69%). Já o voto dos jovens, por exemplo, segue em disputa. Quem tem entre 16 e 24 anos se divide em 58% totalmente decididos a votar em seu candidato e 42% que ainda podem mudar.
As mulheres estão menos convictas em relação aos homens. Os eleitores homens estão 76% decididos e 24% podem mudar. Já as mulheres estão 67% decididas e 33% podem mudar.
É o que mostra a pesquisa Datafolha, contratada pela Folha, que ouviu 2.556 pessoas em 183 cidades do país entre quarta (27) e quinta (28). A margem de erro é de dois pontos para mais ou para menos. O levantamento foi registrado no TSE (Tribunal Superior Eleitoral) com o número BR-01192/2022.