Jamie Raskin, presidente da Comissão Parlamentar que investiga o ataque ao Capitólio de 6 de janeiro de 2021 afirmou a uma comitiva brasileira de entidades civis que está em Washington que pode incluir o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL) em suas investigações, de acordo com reportagem da Folha de S.Paulo.
O episódio foi protagonizado por apoiadores do ex-presidente americano Donald Trump.
Nesta sexta-feira (29) o parlamentar democrata reuniu-se com membros dessa comitiva. Segundo participantes do encontro, ele surpreendeu-se ao saber que o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL) esteve em Washington dias antes da invasão.
De acordo com Raskin, a partir de agora, conexões internacionais da extrema direita americana devem ser envolvidas nas investigações feitas pelo Congresso. Com isso, a participação ou não de Eduardo poderá ser um dos temas que o comitê analisará.
“A reunião para mim foi muito educativa. Está claro que as forças pró-democracia e pró-direitos humanos no Brasil estão com medo de que algo parecido com o que ocorreu nos EUA em 6 de Janeiro [de 2021] possa acontecer em seu país”, disse Raskin, após o encontro.
Em fevereiro de 2021 os sites americanos Media Matters e Proof apontaram que Eduardo, filho do presidente Jair Bolsonado (PL), teria se encontrado com o empresário Michael Lindell e outros aliados de Trump envolvidos no planejamento do ataque ao Congresso. O parlamentar brasileiro negou ter participado de reuniões secretas sobre a invasão.