Nesta segunda-feira (1º), a Justiça Federal dos EUA condenou Guy Reffitt, o primeiro réu a ser julgado no extenso inquérito criminal do Departamento de Justiça sobre o ataque de 6 de janeiro de 2021 ao Capitólio, a mais de 7 anos de prisão. É a sentença mais longa relacionada ao caso.
Após uma audiência de quase 6 horas, a juíza Dabney L. Friedrich proferiu uma sentença com pena perto do mínimo orientado pela Promotoria. Ainda assim, é a maior dada a qualquer um dos 800 envolvidos no motim.
O júri considerou Reffitt culpado de cinco acusações em março, incluindo obstruir a certificação do Congresso da eleição presidencial de 2020 e carregar uma pistola calibre .40 durante o tumulto. Reffitt não invadiu o prédio.
Essa sentença encerrou um julgamento tido como um teste importante para o Departamento de Justiça, que está apenas começando uma maratona jurídica para julgar centenas de manifestantes. Os advogados de defesa estavam esperando qual seria a postura da juíza diante da acusação de obstrução – central em muitos dos casos ainda não julgados.
Mas a juíza Friedrich descreveu o caso de Reffitt como um tanto incomum por conta das ameaças de violência que ele também fez contra seus filhos quando descobriu que poderia ser processado. Em março, o filho de Reffitt, Jackson Reffitt, testemunhou que seu pai havia se radicalizado nos meses que antecederam o ataque e o ameaçou, bem como sua irmã.
Até então, a sentença mais longa em um caso relacionado ao ataque ao Capitólio era de pouco mais de cinco anos, dada no ano passado a um homem que se declarou culpado de agredir um policial com um extintor de incêndio. Mas como Reffitt não se declarou culpado – como centenas de outros réus – a condenação foi dois anos mais alta do que se ele tivesse chegado a um acordo judicial.
Depois de hesitar em falar perante o tribunal durante a audiência da sentença, Reffitt pediu desculpas por suas ações. “Eu definitivamente queria fazer um pedido de desculpas”, disse. “Em 2020, eu estava um pouco louco, tudo isso foi um pouco estúpido.”