Por Leandro Fortes
Renato Freitas, do Partido dos Trabalhadores, jovem vereador de Curitiba, será submetido, amanhã, sexta-feira, a um processo arbitrário de cassação de mandato comandado pela turba de racistas que domina a Câmara Municipal da capital paranaense.
Negro, representante da periferia, Renato está sendo levado ao cadafalso político para que sirva de exemplo a outros que, como ele, ousem ameaçar a ordem conservadora e reacionária dessa gente podre que, infelizmente, tem sido a marca da sociedade paranaense – berço do conluio criminoso da Lava Jato, esgoto do qual emergiram figuras como Sérgio Moro e Deltan Dallagnol.
A acusação contra Renato, de invasão de uma missa na Igreja de Nossa Senhora dos Rosário dos Pretos, em Curitiba, é ridícula e mentirosa. Não houve invasão nenhuma, conforme relato do padre que lá estava, mas um ato político contra o assassinato de jovens pretos.
O processo de cassação, portanto, nada mais é do que uma farsa montada sobre um pretexto ardiloso para matar politicamente, por 10 anos, uma liderança negra emergente que ameaça a hegemonia desses imbecis racistas que chegaram ao poder no rastro do psicopata a quem chamam de mito.
O Brasil não pode presenciar isso calado. É dever moral do PT e das esquerdas, em todo o País, se rebelar contra essa farsa e conclamar suas bases e militantes a ocupar a Câmara de Vereadores de Curitiba e, finalmente, sem medo, gritar na cara dos fascistas que a hora deles está chegando.
E que os jovens pretos ocupem TODAS as igrejas do País, que tirem do conforto da genuflexão esse bando de cristãos de araque que fica rezando pai-nosso e, na vida real, pregam o ódio, o preconceito e idolatram torturadores e fuzis.