O presidente da Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo), Josué Gomes da Silva, disse em entrevista ao jornal Folha de S.Paulo que “não deveríamos discutir a urna eletrônica, e sim uma agenda para o país”. A federação, junto a mais de 100 entidades, publicou nesta sexta-feira (5) o manifesto “Em defesa da Democracia e da Justiça” em resposta aos ataques do presidente Jair Bolsonaro (PL) ao sistema eleitoral.
“É natural que a Fiesp assine um manifesto em defesa da democracia, já que não existe liberalismo, economia de mercado ou propriedade privada, valores tão caros à entidade e ao setor industrial, sem que exista segurança jurídica, cujo pilar essencial é a democracia e o Estado de Direito”, afirmou Josué.
No documento, as organizações defendem o respeito ao voto nas eleições e a harmonia entre os poderes. Segundo o presidente da Fiesp, “não deveríamos estar discutindo, a esta altura do campeonato, a urna eletrônica, e sim uma agenda para o país, como fomentar o desenvolvimento. Não há como ignorarmos a insegurança criada pela contestação da confiabilidade do sistema eleitoral e do Judiciário”.
Ele destacou ainda que o processo eleitoral é primordial para a democracia e já se provou seguro no país, com eleições em urnas eletrônicas desde 1996 sem qualquer questionamento.
Josué mencionou também o ocorrido nos Estados Unidos, quando o ex-presidente Donald Trump não aceitou o resultado da eleição em 2020.
“E quando isso não ocorreu, acabamos vendo cenas lamentáveis como 6 de janeiro. Nós não podemos aceitar que um 6 de janeiro aconteça no Brasil”, declarou o empresário.
O manifesto foi organizado por 107 entidades, entre elas a Federação Brasileira de Bancos (Febraban), a Associação Brasileira da Infraestrutura e Indústrias de Base (Abdib), a Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais (Abiove), a Câmara Americana de Comércio, a Fecomercio e o Sindusfarma.
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