Na última sexta-feira (5), a 5ª Vara Federal Criminal do Rio de Janeiro determinou a prisão do ex-policial Ronnie Lessa, acusado de matar a vereadora Marielle Franco e o motorista Anderson Gomes em 2018. Ele foi condenado por tráfico internacional de armas.
O Ministério Público Federal (MPF) denunciou Lessa por ter importado 16 peças de fuzil AR-15, apreendidas em 2017 no Aeroporto Internacional do Galeão, no Rio de Janeiro, pela Receita Federal. Esses itens são conhecidos como ”quebra-chamas”, e na época em que foram apreendidos, eram de uso restrito.
As peças chegaram de um pacote vindo de Hong Kong, destinado à Academia Supernova, do ex-policial e sua esposa, Elaine Pereira Figueiredo Lessa. No processo, ela também chegou a ser acusada, mas foi absolvida.
Em sua defesa, o acusado alegou que os itens seriam usados como “freios de boca”, com o objetivo de diminuir o movimento das armas quando disparadas. Entretanto, para a Justiça o quebra-chamas se “destina a dificultar a identificação da origem dos disparos de fuzis AR-15, ordinariamente empregados por organizações criminosas que controlam vastos territórios da cidade do Rio de Janeiro”.