Glória Perez, roteirista e mãe da atriz Daniela Perez, assassinada em 1999, afirmou em entrevista para a revista Marie Claire que psicopatas não se recuperam. A afirmação foi em referência aos assassinos de sua filha, o ex-ator Guilherme de Pádua e sua então esposa Paula Thomaz. O caso voltou à tona com o lançamento, no dia 21 de julho, do documentário “Pacto Brutal- O assassinato de Daniella Perez”, na HBO Max.
“É claro que as pessoas podem ser recuperadas”, disse a autora. “Mas isso não inclui os psicopatas. Não se tem notícia de psicopata recuperado. E Paula e Guilherme são psicopatas de carteirinha”, afirmou a escritora.
Para ela, esse é um dos motivos deles não terem sido ouvidos pela produção da série documental.
“O que eles disseram para se defender, antes e durante o julgamento, está na série. Ouvi-los agora para quê? Para perguntar como estão passando? Para que dar palco para psicopata?”, completou ela.
Já e relação a repercussão do assassinado e sobre o processo de investigação, ela pontuou que a cobertura midiática na época foi sensacionalista e machista, e que essa (o documentário) foi a primeira vez que deram voz ao processo investigatório do caso.
“A história não está sendo recontada: está sendo contada, é a primeira vez que se dá voz aos autos do processo que condenou os dois assassinos por homicídio duplamente qualificado. Não, não foi ideia minha. Tatiana Issa me procurou com a ideia de fazer um documentário sem sensacionalismos. Confiei nela”.
Após a saída da prisão, Guilherme de Pádua foi acolhido pela igreja presbiteriana da Lagoinha, em Belo Horizonte, comandada pelo pastor Márcio Valadão. Recentemente o presidente Jair Bolsonaro esteve em culto junto de Pádua e a primeira-dama, Michele Bolsonaro, tirou uma foto que circulou nas redes sociais com a atual esposa de Pádua.