Com as recentes fake news espalhadas sobre a candidatura do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que afirmam que ele fechará as igrejas se for eleito, a cúpula da campanha do petista pensa em escalar pastores e padres para combater as mentiras bolsonaristas.
Como aponta a coluna da jornalista Andréia Sadi, no G1, nos últimos dias a avaliação do QG lulista é de que é preciso ter “sangue frio” para evitar cair na “armadilha de 2018”. Ou seja, deixar a campanha ser levada por agenda de costumes e temas religiosos.
Quando o presidente Jair Bolsonaro (PL) envolve sua campanha nesta pauta, os aliados de Lula analisam que ele leva o debate para o seu “campo”, e assim consegue público para crescer nas pesquisas. Posto isso, não é coincidência o chefe do Executivo estar usando a primeira-dama, Michelle Bolsonaro, como “arma” para conquistar o eleitorado evangélico, e principalmente as mulheres.
É um consenso que Michelle consegue lidar melhor com uma parte do eleitorado do que Bolsonaro, o que pode convencer segmentos evangélicos que não querem votar em seu marido a aderi-lo como candidato. Baseando-se nisso, o QG de lulista o aconselhou a não “bater de frente” com a primeira-dama, e focar nos eleitores que têm “medo” de uma reeleição do atual presidente.
Dentre as estratégias previstas, estão:
- Manter o debate central na economia e saúde, cobrado as atitudes do governo em relação ao desemprego, inflação e pandemia;
- Lembrar que foi Lula quem sancionou a lei da liberdade religiosa em 2003;
- Pontuar que foi ele quem reconheceu em lei a marcha para Jesus, sancionada em 2009.
- “Deixar o debate religioso para os religiosos”: consultar pastores para organizar o melhor método para que os religiosos falem a respeito do tratamento de Lula a igrejas, mas deixando-os assumir a liderança da pauta.