O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) teve uma disparada na rejeição entre os evangélicos. Isso se deve também pela ofensiva do presidente Jair Bolsonaro (PL) e de seus aliados em busca da fidelização desse grupo.
Segundo a pesquisa Datafolha divulgada na quinta-feira (18), mais da metade do eleitorado evangélico (52%) diz não votar de jeito nenhum no petista para a Presidência; 35% afirmam o mesmo em relação a Bolsonaro.
A distância de 17 pontos percentuais entre os candidatos era de 12 em julho (49% a 37%) e de apenas seis pontos em junho e maio, quando ambos estavam empatados tecnicamente em rejeição no eleitorado evangélico, Lula (46%) e Bolsonaro (40%). A margem de erro estimada pelo Datafolha para esse segmento era de quatro pontos percentuais para mais ou menos em pesquisas anteriores.
Atualmente, Bolsonaro conta com 49% das intenções de voto entre esses eleitores, contra 32% de Lula.
O avanço do presdiente nas igrejas evangélicas acontece em parte pela atuação de líderes religiosos anti-PT. O deputado Marco Feliciano (PL), pastor da Assembleia de Deus, admitiu ter dito aos fiéis sobre o risco de fechamento de igrejas caso Lula seja eleito, o que não é verdade, segundo a campanha petista.
Além dos líderes religiosos, Bolsonaro conta também com a presença da primeira-dama Michelle Bolsonaro. Frequentadora da Igreja Batista Atitude, ela tem participado efetivamente da campanha e feito discursos aos religiosos na agenda do marido.