O presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Alexandre de Moraes, vai ser “implacável” com empresários que se mostraram favoráveis a um golpe militar em caso de vitória do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) nas eleições de outubro. A avaliação é de ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), segundo o blog da jornalista Andréia Sadi, no G1.
Advogados e entidades de juristas apresentaram uma notícia-crime ao TSE, na última quinta-feira (18), contra os empresários Luciano Hang (dono das lojas Havan), Afrânio Barreira Filho (do grupo Coco Bambu), Ivan Wrobel (da construtora W3 Engenharia) e Marco Aurélio Raymundo, o Morongo (dono da marca de surfwear Mormaii).
Segundo foi revelado por uma reportagem do portal Metrópoles, os quatro participam de um grupo de WhatsApp chamado “Empresários e Política”, em que defendem uma ruptura institucional para evitar que o PT volte ao poder.
A expectativa no STF é que Moraes não deixe que a decisão passe dos próximos dias. Seus colegas na corte acreditam que ele vai brecar a ação dos empresários antes das eleições para evitar que aconteça o mesmo que em 2019, quando identificou que empresários financiavam manifestações antidemocráticas, mas não os prendeu, apenas investigou.
Os ministros do Supremo esperam medidas duras, não apenas pela possibilidade de o grupo de empresários planejar um golpe, mas pelo possível financiamento de grupos radicais.
Mesmo que a revelação dos planos dos empresários tenha acontecido em um momento em que Bolsonaro diminuiu os ataques às urnas eletrônicas, os ministros acreditam que isso não impedirá Moraes de agir.