Alexandre de Moraes, quando autorizou a operação contra oito empresários bolsonaristas suspeitos de planejarem contra a democracia, determinou que fosse feito o cruzmento entre os dados telemáticos deles e o de Mauro Cesar Cid, conhecido como Major Cid, ajudante de ordens de Jair Bolsonaro, conforme revela o colunista Guilherme Amado no Metrópoles.
O sigilo de Cid já havia sido quebrado no inquérito dos atos antidemocráticos.
“(…) tal medida não tem apenas o condão de trazer elementos concretos do envolvimento dos investigados com o núcleo ‘financeiro’, mas também de servir de norte para o eventual cruzamento (…) entre os dados telemáticos dos referidos empresários com aqueles dados que já estão sendo analisados pela Polícia Federal a partir da quebra do sigilo telemático de Mauro Cesar Cid, ajudante de ordens do Presidente da República”, determinou o juiz instrutor do gabinete de Moraes, Airton Vieira.
No dia 23, atendendo a solicitação da Polícia Federal, Moraes determinou a expedição de mandados de busca e apreensão contra oito empresários bolsonaristas que defenderam um golpe de Estado em caso de vitória de Lula na eleição presidencial.
No inquérito da milícia digital, Moraes já havia determinado o bloqueio das contas bancárias dos empresários e de seus perfis nas redes sociais.
Foram cumpridos mandados de busca e apreensão nas casas de Afrânio Barreira Filho, dono do grupo Coco Bambu; Ivan Wrobel, da W3 Engenharia; José Isaac Peres, dono da gigante de shoppings Multiplan; Luciano Hang, do grupo Havan; André Tissot, da Sierra Móveis; Marco Aurélio Raymundo, o Morongo, da Mormaii; Meyer Nigri, da Tecnisa; e José Koury, dono do Barra World Shopping, no Rio de Janeiro