José Orestes Fonseca, cunhado do presidente Jair Bolsonaro (PL), apelidado de “Jagunço” pelo próprio ex-capitão, marido de sua irmã Maria Denise, tem o imóvel mais caro comprado com dinheiro em espécie por um integrante da família Bolsonaro nas últimas três décadas. O gosto por armas e a personalidade mais “chucra” aproximaram Bolsonaro de Jagunço.
Nos anos 2000, José Orestes e Maria Denise Bolsonaro construíram juntos um império de lojas de móveis, eletrodomésticos e miudezas no Vale do Ribeira. Os dois se casaram em 1980, sob o regime de comunhão universal. Atualmente vivem separados, mas ainda brigam pela divisão dos bens.
O imóvel comprado por ambos trata-se de uma mansão em um terreno de quase 20 mil metros quadrados na região central de Cajati, no interior paulista, sob o custo de R$ 2,67 milhões (o que equivale a R$ 3,47 milhões hoje, em valores corrigidos pelo IPCA).
O terreno abrigava originalmente a casa de visitantes da Bunge Fertilizantes, empresa pioneira na exploração de minério de fosfato, que impulsionou o desenvolvimento da cidade a partir dos anos 1940.
Logo após a compra do imóvel luxuoso, além de reformar a antiga casa, José Orestes também construiu uma segunda casa no mesmo terreno, equipada com quadras esportivas, área de lazer e até mesmo um clube de tiro particular a partir de 2020 em sociedade com dois filhos, sobrinhos do presidente.
Até que a disputa se resolva, do ponto de vista legal, o patrimônio ainda pertence ao dois, incluindo bens que tenham sido adquiridos recentemente.
Apesar da briga com a irmã de Bolsonaro, José Orestes ainda é descrito por familiares como admirador e figura querida do presidente.
Em julho deste ano, a Justiça de São Paulo determinou que Orestes Bolsonaro Campos, filho de Maria Denise e sobrinho do presidente Jair Bolsonaro (PL), mais conhecido como Orestinho, vá a júri popular por tentativa de feminicídio.
Ele é acusado de ter entrado na casa da ex-mulher, com quem viveu por 17 anos, e tentado matá-la. O sobrinho do chefe do Executivo também tentou matar o atual companheiro dela. O caso teria ocorrido em outubro de 2020 em Cajati (SP) —cidade a cerca de 230 quilômetros da capital paulista, meses depois da separação do casal.